Intranet | PPGE FaE UFMG
Voltar para Disciplinas
Logotipo do programa

FAE923 - Processos e Discursos Educacionais I : “Penso, conquisto e extermino, logo existo”: Matemática e Educação Matemática em giros decoloniais

Turma: C

Sala: Virtual [Ensino Remoto Emergencial]

Data de início: 09/12/2021

Data de término: n/d

N° total de vagas: 20

Tipo: Optativa - PDE*

Carga horária: 30 horas

Vagas para eletivas: Sim

Vagas para isoladas: Sim

Docentes responsáveis
Horários

Ementa

Reconhecendo as limitações de uma discussão pautada, quase que exclusivamente, em autores acadêmicos latino-americanos, a disciplina busca iniciar reflexões, na intenção de inquietar pensamentos e ações, sobre os seguintes temas: 1) Matemática na dupla trajetória da Modernidade; 2) Matemática, educação matemática, raça e eurocentrismo; 3) Matemática, educação matemática e o exercício da colonialidade; 4) Matemática em um duplo exílio: (re)existências de corpos, saberes e territórios na Universidade latino-americana. A disciplina acontecerá nos dias: em 2021 – 09/12 e 16/12; em 2022 – 13/01, 20/01, 27/01, 03/02, 10/02 e 17/02.

Programa

Tendo em vista o Ensino Remoto Emergencial, 15 horas da carga horária total serão destinadas a atividades assíncronas. As demais 15 horas serão realizadas em encontros síncronos, às quintas-feiras, em horário combinado com os cursistas, entre 13h e 17h. As plataformas utilizadas serão o Microsoft Teams e o Moodle. E-mail: fernandes.fjf@gmail.com

A disciplina acontecerá nos dias: em 2021 – 09/12 e 16/12; em 2022 – 13/01, 20/01, 27/01, 03/02, 10/02 e 17/02.

1. Matemática na dupla trajetória da Modernidade.

2. Matemática, educação matemática, raça e eurocentrismo;

3. Matemática, educação matemática e o exercício da colonialidade;

4. Matemática em um duplo exílio: (re)existências de corpos, saberes e territórios na Universidade latino-americana.

Bibliografia

Dossiê: Educação Matemática e Decolonialidade 2021 – Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática (v. 11, n. 2).

ADOLFO ABÁN, A.; ROSERO, J. Colonialidad de la naturaleza: ¿imposición tecnológica y usurpación epistémica? Interculturalidad, desarrollo y re-existencia. Nómadas, v. 45, n. 25, ano 3, p. 27-41, out. 2016.

BATTEY, D.; LEYVA, L. Developing a Framework for Assessing the Impact of Whiteness in Mathematics Education. Disponível em: https://eric.ed.gov/?id=ED584247.

D’AMBROSIO, U. Os primeiros tempos. In: D’AMBROSIO, U. Uma história concisa da matemática no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2008. p. 35-40.

D'AMBROSIO, U. A matemática no encontro do velho e do novo mundo. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas, v. 16, n. 35, p. 3-14, abr. 2020.

DUSSEL, H. Meditações anti-cartesianas: sobre a origem do anti-discurso filosófico da modernidade – Parte I. Revista Filosofazer, v. 46, n. 1, jan./jun. 2015.

FERNANDES, F. S. Matemática e Colonialidade, lados obscuros da Modernidade: giros decoloniais pela Educação Matemática. (no prelo).

FERNANDES, F. S. “Professor, você já reparou que ele é branco”: reflexões sobre branquitude, matemática e educação matemática. (no prelo).

FERNANDES, F. S.; GIRALDO, V.; PINTO, D. M. The Decolonial Stance in Mathematics Education: pointing out actions for the construction of a political agenda. The Mathematics Enthusiast v. 19, n. 1, p. 6-27, 2022.

GIRALDO, V.; FERNANDES, F. S. Caravelas à Vista: Giros Decoloniais e Caminhos de Resistência na Formação de Professoras e Professores que Ensinam Matemática. Perspectivas da Educação Matemática, v. 12, n. 30, p. 467-501, jan. 2020.

GOULD, S. J. A falsa medida do homem. Tradução de Valter Lellis Siqueira. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

GROSFOGUEL, R. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 25-49, jan./abr. 2016.

GROVES P. P.; MOORE, R. (Re)claiming an activist identity as critical mathematics educators: addressing anti-black racism because #BlackLivesMatter. Revista Latino-americana de Etnomatemática, v.9, n.3, p. 77-98, 2016.

MIGNOLO, W. Eurocentrism and Coloniality: The Question of Totality of Knowledge. In: MIGNOLO, W.; WALSH, C. E. (Eds.). On decoloniality: concepts, analytics, praxis. Durham: Duke University Press, 2018. p. 153-176. p. 194-210.

MIGNOLO, W. The Invention of the Human and the Three Pillars of the Colonial Matrix of Power: Racism, Sexism, and Nature. In: MIGNOLO, W.; WALSH, C. E. (Eds.). On decoloniality: concepts, analytics, praxis. Durham: Duke University Press, 2018. p. 153-176.

MIGNOLO, W. Colonialidade: o lado mais obscuro da Modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 32, n. 94, p. 1-17, jun. 2017.

MILES, M. L. Cultivating Racial Solidarity Among Mathematics Education Scholars of Color to Resist White Supremacy. The International Journal of Critical Pedagogy, v. 10, n. 2, p. 97-125, 2019.

SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SEVERINO, A. J.; TAVARES, M. Por um projeto insurgente e resistente de decolonialidade latino-americana. Revista Lusófona de Educação, v. 48, p. 99-116. 2020.

SILVA, M. L.; ARAÚJO, W. F. Biopolítica, racismo estrutural-algorítmico e subjetividade. Educação UNISINOS, v. 24, p. 1-20. 2020.

STINSON, D. “Race” in Mathematics Education: Are We a Community of Cowards? Journal of Urban Mathematics Education, v.4, n.1, p. 1-6, 2011.

TAMAYO-OSORIO, C. A colonialidade do saber: Um olhar desde a Educação Matemática. Revista Latino-americana de Etnomatemática, v. 10, n. 3, p. 39-58, 2017.