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FAE923 - Processos e Discursos Educacionais I : Minorias e epistemologias dissidentes

Turma: H

Sala: 4111 (13/09, 27/09, 11/10, 25/10, 08/11, 22/11, 06/12, 13/12)

Data de início: 13/09/2022

Data de término: n/d

N° total de vagas: 25

Tipo: Tópicos**

Carga horária: 30 horas

Vagas para eletivas: Sim

Vagas para isoladas: Sim

Docentes responsáveis
Horários

Ementa

Epistemologia como logos, pathos e ethos. Conhecimento como produção intelectual e corpórea. Subjetividade como rizoma. Dissidência hoje, político-social: escapar à modelagem dos corpos e modulação dos fluxos de desejo. Minorias. Criação de novos modos de vida, também acadêmica: quem pode falar?

Programa

OBJETIVOS

Geral:

Dentro da constelação conceitual das filosofias da diferença, em uma busca de gestos epistêmicos descolonizantes, incentivar a produção acadêmica genuína das minorias.

Específicos:

CONTEÚDO

1- Apresentação do curso e dos participantes. Ajustes no programa, no horário, a bibliografia. Como pode ser entendido “epistemologias dissidentes”?

2- Rizoma.

3- Minorias e agenciamento coletivo de enunciação.

4- Escrita de si e criação de subjetividades.

5- Escrever, escrever-se, quem pode escrever?

6- Lugar de fala.

7- Racismos cotidianos.

8- Metodologias extranhas.

METODOLOGIA:

Fuçar-ler-escrever. Cada participante se põe a “fuçar” os textos indicados: talvez não dê tempo de ler integralmente tudo, então olhar o sumário, ler uma parte e outra, aquilo que parecer relevante, olhar as referências, buscar algo que interessar, procurar na internet, na biblioteca, o que quiser relacionar, voltar para os textos, escarafunchar mais o que afetar, seguir rastros. Nesse percurso, durante e/ou depois, escrever. Escrever o que e como quiser e o quanto quiser. Quer dizer, a partir de tudo que se viver com esses textos, expressar-se. Escrever sobre o que atravessou esse corpo, escrever como sentiu e pensou.

Depois, em aula, será a partir desses textos de cada uma que trabalharemos. Quando nos encontrarmos, cada uma (que quiser) vai ler o que escreveu, e comentar e trazer o que quiser.

AVALIAÇÃO:

- Elaboração de textos e/ou imagens a partir dos estudos e discussões feitas, no percurso. 40 pontos.

- Trabalho: cada aluna escreve um texto expressando sua experiência com os estudos. 30 pontos.

- Participação: assiduidade, leitura, realização das tarefas. 30 pontos.


Bibliografia

ANZALDÚA Glória (2000). Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. Revista Estudos Feministas. Vol.8, n.1 https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/9880/9106

ASPIS, Renata (2021). Fazer filosofia com o corpo na rua, experimentações em pesquisa. Belo Horizonte: Mazza edições.

BENSUSAN Hilan. (2021). O lugar da fala do lugar de fala: sobre escuta e transversalidade. Revista Ártemis. https://periodicos.ufpb.br/index.php/artemis/article/view/59272

BERNARDINO-COSTA Joaze; MALDONADO-TORRES Nelson; GROSFOGUEL Ramón (Orgs) (2019). Decolonidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica.

BUTLER Judith. (2017). Relatar a si mesmo. Crítica da violência ética. Belo Horizonte: Autêntica.

CARNEIRO Sueli. (2011). Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo negro edições.

DELEUZE, G. (1992). Conversações. São Paulo: Editora 34.

_____ (2006). Diferença e repetição. Rio de Janeiro: Graal.

DELEUZE, G.; GUATTARI F. (1977) Kafka por uma literatura menor. Rio de Janeiro: Imago editora.

_____ (1997). Mil Platôs, capitalismo e esquizofrenia. Vol. 1. São Paulo: Editora 34.

EVARISTO Conceição. Escrevivência https://www.itaucultural.org.br/ocupacao/conceicao-evaristo/escrevivencia/

_____ (2017). Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas.

FOUCAULT M. (2008). Segurança território população. São Paulo: Martins Fontes.

_____ . (1999). Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes.

_____ . (2017). A escrita de si. Machine Deleuze. Revista Eletrônica. https://machinedeleuze.wordpress.com/2017/04/11/michel-foucault-a-escrita-de-si/

GONZALEZ Lélia. (2020). Por um feminismo afro latino americano. Rio de Janeiro: Zahar.

HOOKS bell (2019). Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Elefante editora.

JESUS Carolina Maria de. (2014). Quarto de despejo. Diário de uma favelada. São Paulo: Editora Ática.

KILOMBA G. (2020). Memórias da plantação. Episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó.

LORDE, A. (2020). Sou sua irmã: escritos reunidos. São Paulo: Ubu editora.

MOMBAÇA, J. (2015). Pode um cu mestiço falar? Medium. Revista eletrônica. https://medium.com/@jotamombaca/pode-um-cu-mestico-falar-e915ed9c61ee

_____ (2021) Não vão nos matar agora. Rio de Janeiro: Cobogó.

_____(2016) Rastros de uma submetodologia indisciplinada. Concinnitas. Revista eletrônica.

https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/concinnitas/article/view/25925/18566

NASCIMENTO Letícia. 2021). Transfeminismo. São Paulo: Jandaíra.

OLIVEIRA Megg Rayara G. de O Diabo em Forma de Gente: (r)existências de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação.

PRADA Monique. (2018). Putafeminista. São Paulo: Veneta.

RAGO M. (2013). A aventura de contar-se. Feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas, SP: Editora da Unicamp.

RIBEIRO Djamila. (2019) O que é lugar de fala. São Paulo: Jandaíra

SMITH, Linda Tuhiwai. (2018). Descolonizando metodologias: pesquisa e povos indígenas. Curitiba: ed. UFPR.