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FAE925 - Processos e Discursos Educacionais III : Autogestão e padrões construtivos locais para ambientes comunitários: composição de práticas para uma educação territorializada

Turma: D

Sala: 4120

Data de início: 16/03/2023

Data de término: 29/06/2023

N° total de vagas: 15

Tipo: Optativa - PDE*

Carga horária: 60 horas

Vagas para eletivas: Sim

Vagas para isoladas: Sim

Docentes responsáveis
Docentes externos

Margarete Maria de Araújo Silva (EA); Adriano de Mattos Corrêa (EA); Roberto Luís M. Monte-Mor (NPGAU - Cedeplar)

Horários

Ementa

Registro e análise do processo de implantação das obras de reconstrução, reforma e ampliação da Escola Indígena Xukurank (Terra Indígena Xakriabá - TIX) após incêndio como caso emblemático de atendimento a política de direitos humanos e políticas de instalação de espaços e equipamentos educacionais em terras indígenas. A disciplina dará continuidade às análises e estudos realizados em 2021/2, quando as ações estavam em sua fase inicial. Em modo particular pretende-se identificar as interfaces com as atividades das escolas indígenas envolvendo alunos/as de diferentes idades; e formas de documentação para dialogar com a organização interna indígena, através de suas associações e do Conselho de Lideranças.

Programa

Unidades:
I) Gestão de recursos públicos, educação escolar e associações comunitárias: balanço e desafios
II) Análise comparativa de casos com diferentes formas de auto-gestão de recursos públicos
III) O processo licitatório e acompanhamento da construção da Escola Estadual Indígena Xukurank (TIX): documentação para que e para quem?
IV) Organização comunitária e auto-gestão: quais horizontes e proposições?

Público alvo: estudantes, gestores e professores indígenas de pós-graduação; graduados e/ou graduandos indígenas; estudantes não-indígenas de pós-graduação; graduados e/ou graduandos não-indígenas interessados nos temas propostos no curso.

Bibliografia

Bibliografia básica
CORREA XAKRIABÁ, Celia Nunes. 2018. O Barro, o Genipapo e o Giz no fazer epistemológico de autoria Xakriabá: reativação da memória por uma educação territorializada. Dissertação, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais, Universidade de Brasília.



KANAYKÕ XAKRIABÁ, Edgar (Correa, Edgar Nunes) 2019. Etnovisão. O olhar indígena que atravessa a lente. Dissertação, Mestrado em Antropologia, UFMG.



SANTOS, Macaé Evaristo, 2006.Práticas Instituintes de gestão das escolas Xakriabá. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação, UFMG.


ARAÚJO, Ana Valéria & Leitão, Sérgio, "Direitos indígenas: avanços e impasses pós-1988" In: Antônio Carlos Souza Lima & Maria Barroso-Hoffmann (orgs.), Além da Tutela: Bases para uma Nova Política Indigenista, Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, Pp. 23-33, 2002.


DAUDÉN, Julia. O canteiro de obras no mutirão autogestionário. 15 Set 2019. ArchDaily Brasil. Acessado 7 Out 2021. <https://www.archdaily.com.br/br/924661/o-canteiro-de-obras-no-mutirao-autogestionario> ISSN 0719-8906



FERRO. Sérgio. Trabalhador coletivo e autonomia / Sérgio Ferro. 13 Mai 2016. ArchDaily Brasil. Acessado 7 Out 2021. <https://www.archdaily.com.br/br/787242/trabalhador-coletivo-e-autonomia-sergio-ferro> ISSN 0719-8906.



SILVA, Margarete M. Araújo. Dominação e alienação da natureza: duas faces de uma mesma moeda. In: Anais do III Seminário Nacional sobre o Tratamento de áreas de preservação permanente em meio urbano e restrições ambientais do parcelamento do solo. Belém: Universidade Federal do Pará, 2014. Disponível em http://www.mom.arq.ufmg.br/mom/01_biblioteca/arquivos/araujo_14_dominacao_e_alienacao.pdf. Acessado em 07/10/2021.



MORADO NASCIMENTO, Denise; SILVA, Margarete M. Araújo. Gestão e Arquitetura: uma visão crítica. Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, v. 15, p. 158-72, 2008. Disponível em http://www.mom.arq.ufmg.br/mom/01_biblioteca/arquivos/morado_08_gestao_e_arq.pdf. Acessado em 07/10/2021



MONTI, Eduarda. Assessoria, Autonomia e produção do Espaço Indígena. XXII Encontro de Extensão da UFMG. 2019.

Referências bibliográficas complementares
ALVES, Ana. O conceito de hegemonia: de Gramsci a Laclau e Mouffe, Lua Nova. Revista de Cultura e Política, 2010, pp. 71-96.
BONDUKI, Nabil. Habitação & Autogestão: construindo territórios de utopia. Rio de Janeiro: FASE, 1992.
BURGUIÈRE, Elsa et al. Produção Social da moradia no Brasil: panorama recente e trilhas para práticas autogestionárias. Rio de Janeiro: Letra Capital Editora, 2016.
CARRASCO, Cristina. Sustentabilidade da vida humana: um assunto de mulheres [2001]. In: Miriam Nobre Faria (ed.). A produção do viver: ensaios de economia feminista. São Paulo: SOF, 2003, pp.11-59.
CEDEPLAR. Relatório Final Projeto Serra Verde: Modelo de Autogestão Habitacional de Interesse Social – Processo Economia Solidária. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2009.
DAGNINO, Renato. Tecnociência solidária: um manual estratégico. Marília: Lutas Anticapital, 2019.
D’OTTAVIANO. Maria Camila (ed). Habitação, autogestão & cidade. Rio de Janeiro, Letra Capital, 2021.
DRAGO, Felipe. Programa Crédito Solidário: avanços em direção à autogestão ou Cavalo de Troia dentro das “muralhas” do confrinto político? In: Luciana Lago (ed.). Autogestão habitacional no Brasil. Utopias e contradições. Rio de Janeiro: Letra Capital: Observatório das Metrópoles, 2012, pp. 49-69.
FERREIRA, Regina. Autogestão e habitação: entre a utopia e o mercado. Tese de Doutorado. Or. Orlando Alves dos Santos Júnior. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
FERRO, Sérgio. O Canteiro e o Desenho [1976]. In: Arquitetura e Trabalho Livre. São Paulo: Cosac Naify, 2006, pp. 105-138.
____________ O concreto como arma. Revista Projeto, São Paulo, v. 111, 1988, pp. 128-129.
____________ Prefácio: “Trabalhador coletivo” e autonomia. In: USINA: entre o projeto e o canteiro. São Paulo: Edições Aurora, 2015, pp.21-34.
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GUILLERM, Alain; BOURDET, Yvon. Autogestão: uma mudança radical. Rio de Janeiro: Zahar [1975] 1976.
KAPP, Silke. A outra produção arquitetônica. In: Rodrigo Duarte; Imakulada Kangussu. Estéticas do Deslocamento. Belo Horizonte: Associação Brasileira de Estética, 2008, s.p.
____________ Experiências em AT e suas questões. Assistência Técnica e Direito à Cidade. Rio de Janeiro: Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas, 2014, pp.113-123.
LAGO, Luciana (ed.). Autogestão habitacional no Brasil: utopias e contradições. Rio de Janeiro: Letra Capital; Observatório das Metrópoles, 2012.
LEFEBVRE, Henri. Problemas teóricos da autogestão. GEOgraphia, Niterói; Universidade Fluminense, vol. 19, n. 41, 2017, pp.135-141.
LOPES, João Marcos de Almeida; RIZEK, Cibele. O mutirão autogerido como procedimento inovador na produção da moradia para os pobres: uma abordagem crítica. In: Adauto Lucio Cardoso; Alex Kenya Abiko (eds.). Procedimentos de Gestão Habitacional para população de Baixa Renda. Porto Alegre: ANTAC, v. 5, 2006, pp. 44-75.
MARGLIN, Stephen. Origem e funções do parcelamento das tarefas (Para que servem os patrões?) [1978]. In: André Gorz (ed.). Crítica da Divisão do Trabalho.. São Paulo: Martins Fontes, 1996, pp.37-78.
MASCARENHAS, Giselle. Fragmentos do Canteiro: a produção habitacional sob a ênfase da racionalização construtiva.. Dissertação de Mestrado. Or. Roberto dos Santos. Belo Horizonte: Programa de Pós-Graduação da Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas Gerais, 2015.
MASCARENHAS, Giselle. Outros Canteiros: possibilidades e limites da produção de moradias por autogestão de Belo Horizonte. Tese Doutorado. Or. Roberto dos Santos. Belo Horizonte: Programa de Pós-Graduação da Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas Gerais, 2022.
MINAS GERAIS. PRODECOM: três anos de atividade. Belo Horizonte: Secretaria do Planejamento e Coordenação Geral, 1982
NASCIMENTO, Cláudio. Autogestão: economia solidária e utopia. Outra economia., v. 2, n. 3, 2008, pp. 27-40.
NUNES, Tiago de Garcia. Autogestión desde la perspectiva marxista: Retos y posibilidades de la resistencia del trabajo asociado bajo el capital. Trabajo e sociedad, v. 22, n. 37, 2021, pp. 379-396.
SANTOS, Boaventura de Souza; RODRÍGUEZ-GARAVITO, César. Introdução: para ampliar o cânone da produção. In: Produzir para viver: os caminhos da produção não-capitalista. Río de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
SOUZA, Marcelo Lopes de. Autogestão, "Autoplanejamento", Autonomia: atualidade e dificuldades das práticas espaciais libertárias dos movimentos urbanos. Revista Cidades, v. 9, n. 15, 2012, p. 59-93.
____________ Com o estado, apesar do estado, contra o estado: os movimentos sociais e suas práticas espaciais, entre a luta institucional e a ação direta. Revista Cidades, v. 7, n. 11, [2006] 2010, p. 13-47.
TURNER, John. Autoconstrucción: por una autonomía del habitar, escritos sobre vivienda, urbanismo, autogestión y holismo. La Rioja: ed. Pepitas, 2018.
USINA CTAH. Arquitetura, Política e Autogestão: Um Comentário Sobre os Mutirões Habitacionais [2008]. In: Usina: Entre Projeto e o Canteiro. São Paulo: Ed. Aurora/Publication Studio São Paulo, 2015, pp. 93–105.