Intranet | PPGE FaE UFMG
Voltar para Disciplinas
Logotipo do programa

FAE925 - Processos e Discursos Educacionais III : Estudos de Gênero

Turma: D

Sala: 500

Data de início: 22/08/2023

Data de término: 05/12/2023

N° total de vagas: 15

Tipo: Tópicos**

Carga horária: 60 horas

Vagas para eletivas: Sim

Vagas para isoladas: Não

Docentes responsáveis
Horários

Ementa

Perspectivas sócio-antropológicas sobre o gênero: a constituição do campo; Matrizes teóricas; Conceitos centrais. Gênero e Feminismo. Gênero e interseccionalidades - raça, etnia, classe, sexualidades, geração, deficiências. Gênero e Cuidado. Ofensivas anti-gênero.

Programa

Aula 1 - Apresentação do programa e pactuação da metodologia de trabalho na disciplina.

UNIDADE I – UM PANORAMA SOBRE OS ESTUDOS DE GÊNERO

Aula 2 – Gênero e Feminismos

Aula 3 – A “diferença sexual” e os estudos de gênero

Aula 4 – Sexo está para a natureza como gênero para a cultura?

Aula 5 – O sexo foi desde sempre gênero: pensando a materialidade dos corpos

Aula 6 – E eu, não sou mulher?

UNIDADE II – ESTUDOS DE GÊNERO E INTERSECCIONALIDADES

Aula 7 - Intersecções entre gênero e sexualidade

Aula 8 – Intersecções entre sexualidade, gênero e outros marcadores sociais de diferença

Aula 9 – Intersecções entre gênero e geração

UNIDADE III – GÊNERO, CUIDADO, DEFICIÊNCIAS

Aula 10 – Gênero e Cuidado

Aula 11 – Gênero e deficiência

UNIDADE IV – O GÊNERO SOB ESCRUTÍNIO

Aula 12 – (Re)discutindo gênero a partir da crítica à colonialidade

Aula 13 – Gênero e Teoria queer

Aula 14 – Ofensivas anti-gênero

Aula 15 – Avaliação do Semestre. Encerramento da disciplina. Confraternização.


Bibliografia

UNIDADE I – UM PANORAMA SOBRE OS ESTUDOS DE GÊNERO

Aula 2 – Gênero e Feminismos

CORRÊA, M. Do feminismo aos estudos de gênero no Brasil: um exemplo pessoal. Cadernos Pagu, Campinas, n. 16, p. 13-29, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cpa/n16/n16a02.pdf

HEILBORN, Maria Luiza e SORJ, Bila. Estudos de gênero no Brasil. In: MICELI, Sérgio (org.) O que ler na ciência social brasileira (1970-1995), ANPOCS/CAPES. São Paulo: Editora Sumaré, 1999, p. 183-221. ttp://www.clam.org.br/bibliotecadigital/uploads/publicacoes/102_653_EstudosdeGeneronoBrasil1.pdf

PISCITELLI, Adriana. Gênero: a história de um conceito. In: ALMEIDA, Heloísa Buarque de, SZWAKO, José. Diferenças, igualdades. São Paulo: Berlendis & Vertecchia ed., 2009. p. 116-149. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/6450430/mod_resource/content/1/PISCITELLI%2C%20Adriana.%20G%C3%AAnero%20a%20hist%C3%B3ria%20de%20um%20conceito..PDF

Leitura Complementar:

HARDING, Sandra. 1994. “A Instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista”. In Revista Estudos Feministas. pp. 7-31. http://www.legh.cfh.ufsc.br/files/2015/08/sandra-harding.pdf

Aula 3 – A “diferença sexual” e os estudos de gênero

PISCITELLI, A. Recriando a (categoria) mulher?. In: ALGRANTI, L. (org.). A prática feminista e o conceito de gênero. Textos Didáticos, no 48. Campinas, IFCH-Unicamp, 2002, p. 7-42. Disponível em: http://www.pagu.unicamp.br/sites/www.pagu.unicamp.br/files/Adriana01.pdf

LAQUEUR, T. “Da linguagem e da carne”. In: ______. Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001, p. 13-40.

Leitura complementar: LAQUEUR, T. Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001. (capítulos 3, 5 e 6)

Aula 4 – Sexo está para a natureza como gênero para a cultura?

RUBIN, G. S. The traffic in women: notes on the ‘political economy’ of sex. In: RAITER, R. (Ed.). Toward anthropology of women. Nova York: Monthly Review Press, 1975. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/1919

SCOTT, J. W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, v.20, n.2, p. 71-99, 1995. https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721/40667

Aula 5 – O sexo foi desde sempre gênero: pensando a materialidade dos corpos

FAUSTO-STERLING, A. Dualismos em duelo. Cadernos Pagu, Campinas, n. 17/18, pp. 09-79, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cpa/n17-18/n17a02.pdf

BUTLER, J. “Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do sexo”. In: LOURO, G. L. (org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001, p. 151-172.

Leitura complementar: MOORE, H. Understanding sex and gender. In: INGOLD, T. (org.) Companion Encyclopedia of Anthropology, Londres: Routledge, 1997. p. 813-830. (tradução didática)

Aula 6 – E eu, não sou mulher?

HARAWAY, D. Gênero para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra. Cadernos Pagu, Campinas, n. 22, pp. 201-246, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cpa/n22/n22a09.pdf

BRAH, A. Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu, Campinas, n. 26, pp. 329-376, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cpa/n26/30396.pdf

Leitura Complementar:

McCLINTOCK, A. Couro Imperial: raça, gênero e sexualidade no embate colonial. Campinas: Editora da Unicamp, 2010. (Introdução e capítulo 3)

UNIDADE II – ESTUDOS DE GÊNERO E INTERSECCIONALIDADES

Aula 7 - Intersecções entre gênero e sexualidade

FRY, P. Da hierarquia à igualdade: a construção histórica da homossexualidade no Brasil. In: ______. Para Inglês Ver: identidade e política na cultura brasileira. RJ: Zahar, 1982. p. 87-115.

CARRARA, S.; VIANNA, A. R. B. “As vítimas do desejo”: os tribunais cariocas e a homossexualidade nos anos 1980. In: CARRARA, S.; GREGORI, M. F.; PISCITELLI, A. Sexualidades e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro, Garamond, 2004.

RUSSO, J. A.; ROHDEN, F.; TORRES, I.; FARO, L. O campo da sexologia no Brasil: constituição e institucionalização. Physis. 2009, vol.19, n.3, pp. 617-636. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/physis/v19n3/a04v19n3.pdf

Aula 8 – Intersecções entre sexualidade, gênero e outros marcadores sociais de diferença

PISCITELLI, A. Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras. Sociedade e cultura, Goiânia, v. 11, n. 2, 2008. Disponível em: http://www.revistas.ufg.br/index.php/fchf/article/view/5247/4295

MOUTINHO, L. Negociando com a adversidade: reflexões sobre 'raça', (homos)sexualidade e desigualdade social no Rio de Janeiro. Revista Estudos Feministas, v. 14, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ref/v14n1/a07v14n1.pdf

Leituras Complementares:

DÍAZ-BENÍTEZ, M. E. Nas redes do sexo: os bastidores do pornô brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. (Introdução e Capítulo 1)

FACCHINI, R. Entrecruzando diferenças: mulheres e (homo)sexualidades na cidade de São Paulo. In: DIÁZ-BENITEZ, M. E.; FIGARI, C. Prazeres dissidentes. Rio de Janeiro, Garamond, 2009.

FRANÇA. I. L. Na ponta do pé: quando o black, o samba e o GLS se cruzam em São Paulo. In: DIÁZ-BENITEZ, M. E.; FIGARI, C. Prazeres dissidentes. Rio de Janeiro, Garamond, 2009.

PERLONGHER, N. O negócio do michê: a prostituição viril. São Paulo: Brasiliense, 1987. (Prefácio de Peter Fry e p. 108-154)

Aula 9 – Intersecções entre gênero e geração

DEBERT, Guita Grin. (1998). Pressupostos da reflexão antropológica sobre a velhice. In: Debert, Guita Grin. A antropologia e a velhice - Textos Didáticos, 2ª ed., 1 (13), Campinas, IFCH/Unicamp, p.07-28. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4275204/mod_resource/content/1/Debert%2C%20Guita.%20PRESSUPOSTOS_DA_REFLEXAO_ANTROPOLOGICA_S.pdf

ESCOURA, Michele. Gente da areia, gênero do parquinho: aprendizagens e negociações da diferença em uma etnografia com crianças. In: Luis Felipe Kojima Hirano; Maurício Acuña; Bernardo Fonseca Machado (Orgs.) "Marcadores sociais da diferença: fluxos, trânsitos e intersecções". Goiânia: Editora Imprensa Universitária, 2019. https://www.academia.edu/39288632/Gente_da_areia_g%C3%AAnero_do_parquinho_aprendizagens_e_negocia%C3%A7%C3%B5es_da_diferen%C3%A7a_em_uma_etnografia_com_crian%C3%A7as

Marchi, R. de C. (2016). Gênero, infância e relações de poder: interrogações epistemológicas. Cadernos Pagu, (37), 387–406. Recuperado de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8645026

Leituras Complementares:

DEBERT, G.; BRIGEIRO, M. Fronteiras de gênero e sexualidade na velhice. RBCS, v.27, n. 80, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v27n80/v27n80a03.pdf

SOUZA, Érica Renata de. Marcadores sociais da diferença e infância: relações de poder no contexto escolar. Cad. Pagu, Campinas, n. 26, p. 169-199, Jun. 2006. http://www.scielo.br/pdf/cpa/n26/30390.pdf

UNIDADE III – GÊNERO, CUIDADO, DEFICIÊNCIAS

Aula 10 – Gênero e Cuidado

Guimarães, Nadya, Vieira, Priscila Pereira Faria. As “ajudas”: o cuidado que não diz seu nome. ESTUDOS AVANÇADOS 34 (98), 2020. https://www.scielo.br/j/ea/a/LN8YgwX9J7Xgr67tZTVjf9B/?format=pdf&lang=pt

Sorj, Bila. Arenas de cuidado nas interseções entre gênero e classe social no Brasil. CADERNOS DE PESQUISA v.43 n.149 p.478-491 maio/ago. 2013. https://www.scielo.br/j/cp/a/N4CfkgXHT8Gtgsr4RvDNhtP/?format=pdf&lang=pt

Leitura Complementar: Debert, Guita Grin, Pulhez, Mariana Marques (orgs.). Desafios do cuidado: gênero, velhice e deficiência. Campinas, SP : UNICAMP/IFCH, 2019. https://www.ifch.unicamp.br/ifch/pf-ifch/public-files/noticias/57161/e-book_.pdf

Aula 11 – Gênero e deficiência

ALVES, Raquel Lustosa da Costa; FLEISCHER, Soraya Resende. "O que adianta conhecer muita gente e no fim das contas estar sempre só?" O desafio da maternidade em tempos de Síndrome Congênita do Zika Vírus. Revista AntHropológicas, abr. 2019. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaanthropologicas/article/view/239316

Fietz, Helena Moura, Mello, Anahi Guedes de. A Multiplicidade do Cuidado na Experiência da Deficiência. Revista ANTHROPOLÓGICAS, Ano 22, Volume 29(2), 2018. https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaanthropologicas/article/view/238990

Mello, Anahí Guedes de, Adriano Henrique Nuernberg. Gênero e deficiência: interseções e perspectivas. Rev. Estud. Fem. 20 (3), Dez 2012. https://www.scielo.br/j/ref/a/rDWXgMRzzPFVTtQDLxr7Q4H/?format=pdf&lang=pt

Leitura complementar: Fleischer, Soraya, Lima, Flávia (Orgs.). Micro: contribuições da antropologia. Editora Athalaia. Brasília, 2020. http://www.dan.unb.br/images/E-Books/2020_FLEISCHER_LIMA_Micro.pdf

UNIDADE IV – O GÊNERO SOB ESCRUTÍNIO

Aula 12 – (Re)discutindo gênero a partir da crítica à colonialidade

Gonzalez, Lélia, Rios, Flavia (Org.), Lima, Márcia (Org.). POR UM FEMINISMO AFRO-LATINO-AMERICANO. Rio De Janeiro: Zahar, 2020. (capítulos a definir)

Lugones, María. Colonialidade e gênero. Tabula Rasa [online]. 2008, n.9, pp.73-102. http://www.scielo.org.co/pdf/tara/n9/n9a06.pdf

Segato, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-Cadernos CES, 18, 2012. https://journals.openedition.org/eces/1533

Leitura Complementar:

Dutra, Juliana Cabral de O, Mayorga, Claudia. Mulheres Indígenas em Movimentos: Possíveis Articulações entre Gênero e Política. Psicol., Ciênc. Prof. (Impr.) 39 (spe), 2019. https://www.scielo.br/j/pcp/a/TmkJTj6vTNMxpzhB3jhbPjK/?format=pdf&lang=pt

Spyer, Tereza, Malheiros, Mariana, Ortiz, María Camila. Julieta Paredes: mulheres indígenas, descolonização do feminismo e políticas do nomear [entrevista]. Epistemologias do Sul, v. 3, n. 2, p. 22-42, 2019. https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/2465/2130

Aula 13 – Gênero e Teoria queer

BUTLER. J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. (cap. 1 e conclusão) https://cursosextensao.usp.br/pluginfile.php/869762/mod_resource/content/0/Judith%20Butler-Problemas%20de-g%C3%AAnero.Feminismo%20e%20subvers%C3%A3o-da%20identidade-Civiliza%C3%A7%C3%A3o%20Brasileira-%202018.pdf

Louro, Guacira Lopes. Teoria queer: uma política pós-identitária para a educação. Rev. Estud. Fem. 9 (2), 2001. https://www.scielo.br/j/ref/a/64NPxWpgVkT9BXvLXvTvHMr/?format=pdf&lang=pt

Miskolci, Richard. A Teoria Queer e a Questão das Diferenças: por uma analítica da normalização. https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/prog_pdf/prog03_01.pdf

Leitura complementar: Salih, Sarah. (2012). Judith Butler e a Teoria Queer. Belo Horizonte: Autêntica.

Vídeo complementar: “Conferência Magna com Judith Butler, durante o I Seminário Queer que aconteceu em 2015 no Sesc Vila Mariana.” https://www.youtube.com/watch?v=TyIAeedhKgc

Aula 14 – Ofensivas anti-gênero

MANICA, Daniela; MONTEIRO, Marko; ROHDEN, Fabíola. 2018. "Pela liberdade de ensinar e existir: ciências humanas contra a ideologia de gênero". In Le Monde Diplomatique. São Paulo. Vol. 14. 14 de março de 2018, pp. 1-5. Disponível em https://diplomatique.org.br/pela-liberdade-de-ensinar-e-existir-ciencias-humanas-contra-ideologia-de-genero/

JUNQUEIRA, Rogério Diniz. 2018. "A invenção da 'Ideologia de gênero': a Emergência de um Cenário Político-discursivo e a Elaboração de Uma Retórica Reacionária Anti-Gênero". Revista Psicologia Política. Vol. 18, n 43, pp. 449-502. chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpp/v18n43/v18n43a04.pdf

Leitura Complementar: JUNQUEIRA, Rogério Diniz. 2022. A INVENÇÃO DA IDEOLOGIA DE GÊNERO. Editora: LETRAS LIVRES.



* Outras sugestões de materiais ou bibliografias podem ser adicionadas ao longo do semestre.