Turma: G
Sala: 3115
Data de início: 25/09/2024
Data de término: 05/02/2025
N° total de vagas: 30
Tipo: Optativa - PDE*
Carga horária: 60 horas
Vagas para eletivas: Sim
Vagas para isoladas: Sim
O pensamento afrodiaspórico tem contribuído para reconstruir os sentidos da democracia das sociedades contemporâneas. São saberes que são construídos articulados às lutas sociopolíticas e emancipatórias realizadas em distintos espaços, instituições e territorialidades. O foco desta disciplina então é refletir acerca da produção oriunda desses saberes feita por sujeitos sociais negros(as) diversos.
UNIDADE I - Produção do pensamento afrodiaspórico engajado
• Pensar mundos sem separabilidade
• A centralidade da experiência da raça
• A produção da raça, colonialismo, violência racial
UNIDADE II - Saberes sociopolíticos engajados antirracistas: novos caminhos democráticos
• Produção do conhecimento a partir de uma lógica pluriversal
• Saberes construídos na luta antirracista
• Produção do conhecimento antirracista engajado
UNIDADE III - Diálogos do pensamento afrodiaspórico e educação
• Produção do conhecimento transnacional negro
• Pensamento feminista negro
• Racismo e antirracismo contemporâneo
Bibliografia Básica
ALCOF, L. Uma epistemologia para a próxima revolução. Revista Sociedade e Estado, v. 31, n 1 jan./abr., 2016.
BRASIL. Estatuto da Igualdade Racial – Lei n. 12.288, de 20 de julho de 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm>.
BRASIL. Lei nº. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 1º jan. 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm>. Acesso em: 13 jun. 2016.
BRASIL. Lei nº. 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 25 março. 2008. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm>. Acesso em: 25 mai. 2015.
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GILROY, Paul. O Atlântico Negro. Rio de Janeiro, Editora 34/UCAM — Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2002.
GOMES, Nilma. O movimento Negro Educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. RJ: Vozes, 2017.
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Trad. Marta Lança. Portugal: Antígona, 2014.
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MUNANGA, Kabengele. Superando o racismo na escola. Brasília, DF: MEC, 2001.
PIERRE, Jemima. Activist Groundings or Groundings for Activism? The Study of Racialization as a Site of Political Engagement. HALE, C. Engaging contradictions: theory, politics, and methods of activist scholarship. University of California Press, London, England, 2008.
SILVERIO, Valter. Quem negro foi e quem negro é? Anotações para um sociologia política transnacional negra. In: BERNARDINO-COSTA, J; MALDONADO-TORRES, N; GROSFOGUEL, R. (Org.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico, BH: Autêntica, 2019. p.269-286
Bibliografia Complementar
ALBERTI, Verena; PEREIRA, Amílcar Araújo. Histórias do Movimento Negro no Brasil: depoimentos ao CPDOC. Rio de Janeiro: Pallas; CPDOC-FGV, 2007.
AMÂNCIO, Iris. África-Brasil-África: matrizes, heranças e diálogos contemporâneos. Belo Horizonte: Nandyala, 2008.
BERNARDINO-COSTA, Joaze; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e perspectiva negra. Revista Sociedade e Estado, v. 31, n 1 jan./abr., 2016.
CARDOSO, Marcos Antônio. O movimento negro em Belo Horizonte: 1978-1988. BH: Mazza Edições, 2002.
CASTIANO, José P. Referenciais da filosofia africana: em busca da intersubjectivação. Maputo: Ndjira, 2010.
CAVALLEIRO, Eliane (ORG). Racismo e anti-racismo na educação: repensando a nossa escola. SP: Selo Negro, 2001.
COLLINS, P. Epistemologia feminista negra. In: BERNARDINO-COSTA, J; MALDONADO-TORRES, N; GROSFOGUEL, R. (Org.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico, BH: Autêntica, 2019. p.139-170
CUTI, Luiz Silva. ... E disse o velho militante José Correia Leite. 19. ed. São Paulo: Nova América, 2007.
DEGRUY, Joy. Post Traumatic Slave Syndrome: America’s Legacy of Enduring Injury and Healing. Milwaukie, Oregon: Uptone Press, 2005.
FANON, F. Os condenados da Terra. RJ: Civilização Brasileira, 1968.
GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro, Guanabara, 1988.
GOMES, Nilma Lino. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. BH: Autêntica, 2019.
GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira. Negros e Educação no Brasil. In: LOPES, Eliane; FARIA FILHO, Luciano; VEIGA, Cynthia (orgs.). 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte, Autêntica Editora, 2003.
GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira; SILVA, Petronilha Gonçalves. O jogo das diferenças: o multiculturalismo e seus contextos. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
GONZÁLEZ, Lélia. Lugar de negro. Rio de Janeiro, Marco Zero, 1982.
GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Racismo e Antirracismo no Brasil. São Paulo: Editora 34, 1999.
HALL, Stuart. Quando foi o pós-colonial? Pensando no limite. In: HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais, p. 101-131. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
HENRIQUES, Ricardo. Desigualdades educacionais no Brasil: evolução das condições de vida na década de 90. Rio de Janeiro: IPEA, 2001. Texto para discussão n. 807.
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KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
MUDIMBE, V.Y. A invenção da África: gnose, filosofia e ordem do conhecimento. Angola: Edições Mulemba; Portugal: Edições Pedago, 2013.
NASCIMENTO, A.; NASCIMENTO, L. Reflexões sobre o movimento negro no Brasil, 1938-1997. In: GUIMARÃES, A.; HUNTLEY, L. (Org.). Tirando a máscara: ensaios sobre o racismo no Brasil. SP: Paz e Terra, 2000. p. 203-236.
ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Educação das Relações Étnico-raciais: pensando referenciais para a organização pedagógica da prática pedagógica. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007.
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WERNECK, Jurema. Racismo Institucional: uma abordagem conceitual. Geledés – Instituto da Mulher Negra. São Paulo, 2013.